quinta-feira, junho 16, 2005

Um JellyJah para dois IX

-Estou
-Sim
-Bom dia, eu sou o Pedro
-Olá, eu sou a Spa.
Pedro sentia-se irritado, mas ao mesmo tempo fascinado. O jogo da sedução tinha destas coisas, no entanto, ela poderia estar apenas a gozar. Uma coisa é certa, pelo menos é mulher, respirou aliviado.
-E não posso saber pelo menos o teu nome?
-Inês
Pedro e Inês, pensou Pedro. Está tudo dito, um dos pares mais românticos da História de Portugal seria reeditado. Não havia lugar a dúvidas. Não podia falhar. O que falhava sempre nestas altura era a frase certa. Tinha de agir depressa. Esta oportunidade não podia ser desperdiçada com uma palavra mal empregue ou que pudesse ser mal entendida
-Queres tomar um café? Podemos combinar…
-Não posso.
É casada. Eu sabia que era sorte a mais. Estas histórias só acontecem nos romances de cordel
-Tenho uma vida muito ocupada…
-Deixa estar, fica para a próxima
-Não sejas parva. Vai! Vai! Dizia a Maria ao ouvido, enquanto seguia a conversa.
-Bom, no Sábado não tenho nada programado…
-Eu ligo-te para combinarmos.
-Ok.
Pedro não aguentou e soltou um grito contido que fez o Santos olhar por cima dos óculos. Um café! Um Café! Um café! É tudo o que me separa dela. Inês… Inês é bonito, tem uma sonoridade especial.
Pedro e Inês viviam um momento onirio só quebrado pela curiosidade de saber como seria o outro em pessoa.
-Nem penses que vais sozinha - disse Joana preocupada – e vou levar o António comigo.
-Se tu vais, eu também vou, atalhou Maria.
-Nem pensem!
-Ai vamos, vamos. Imagina que é o violador da Baixa.
-Chegamos antes e ficamos numa mesa à margem.
Os dias passaram a custo. Finalmente era sexta-feira. 7 da manhã. Ainda deve ser cedo para ligar, pensou Pedro. Vou ligar um pouco antes da hora de almoço. Podia ser no Chiado, na Brasileira. Não na Benard, sempre era mais distinto. Não. Na esplanada do São Luís. Merda! Não tenho uma única camisa de jeito passada a ferro.
A que horas vai ele ligar, pensava Inês. Só espero que não seja na Baixa, o violador anda por lá, mas também a Joana, a Maria e o António podem proteger-me. Ai! Ai! Ai! Não tenho nada para vestir.
A hora mais esperada chegou finalmente. Pedro já não precisava da agenda, o número estava marcado na memória do telemóvel, Inês Spa.
-Às 4, no Chiado?
-No Chiado?
Não! Não! Não! Gritavam a Maria e a Joana
-Ok.
-Na esplanada do São Luís. Vou estar a ler o Expresso.
-Está combinado.


PS: Duarte Vader os teus desejos são ordens. Peço desculpa a todos pelo atraso. Eu sei que não parece, mas eu também trabalho.

5 Comments:

Anonymous Anónimo diz...

Calma, Calma Duarte Vader. A história está escrita há algum tempo e agora é tarde para mudar. Lembra-te que tudo é ficção. Há momentos que inspiram, nada mais. As personagens reais só aparecem no último episódio e já estou a falar demais.

16 junho, 2005 15:27  
Anonymous Anónimo diz...

Não vendo a minha arte a qualquer um. Venezuela e India são mais o meu tipo. Brasil é demasiado tropical.

16 junho, 2005 15:36  
Anonymous Anónimo diz...

valeu a pena esperar, rc...
e voto no método dos capítulos, que adensam a magia...

mas.. verdade seja dita, o facto de não publicares a história na íntegra dá cabo dos nervos a uma pessoa!!... quando é que eles se conhecem?? é já amanhã?? ou, como sugere o vader, no dia 25?

16 junho, 2005 23:14  
Blogger RC diz...

Calma, nobre peregrina. é preciso calma. No entanto, há uma possibilidade que ainda niguém colocou, será que Pedro Inês vão chegar a conhecer-se? Às vezes há tragédias...

17 junho, 2005 04:16  
Blogger RC diz...

Por vezes o artista não consegue controlar as obras que cria. Elas ganham vida própria.

17 junho, 2005 12:18  

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